Se pudesse falar do meu texto, em termos claros, diria que é folha que cai, pois ela não tem maior compromisso do que com vento que a leva e dele não sabe nada, pois não pede explicações;
apenas observa, sem medo, seu agir e envelhece como folha-seca,
como quem não quer mais nada do mundo a não ser viver.
Pois assim são meus versos : fazem-se por si mesmos, são estálos que clamam ao meu coração. Eles fogem de minhas mãos como se não fossem delas, como se existissem, independentes, no espaço misterioso entre o escrever ou o não. Espero que meus versos caiam nos teus braços como as folhas secas caem no chão
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