Vem...
Ama-me do teu jeito,
Abraçando o meu.
Depois repousa em meu peito,
Enrubescida, atrevida, enrosca-se,
Aprisiona-me,
Como a provar o bem querer que nos une.
Teu corpo é lindo, exalto sempre,
Dispensando palavras,
Induzindo o silêncio
Que nos faz ouvir apenas as batidas aceleradas
Dos nossos corações.
O telefone toca.
No mundo lá fora,
Alguém te chama.
Em teu rosto vejo surgir uma expressão de contrariedade...
Sem querer,
Tens que ir...
Relutas, mas calmamente sai juntando
As peças do teu vestuário.
E eu a olhar-te, a admirar-te,
Até vê-la ir...
Solvendo saudade,
Verso, aqui,
A beleza que foi a volúpia
Do nosso último encontro.
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