Mãos ao alto, mas com desodorante.
Por Mário Paternostro | 23/05/2010 | CrônicasTudo parece que exige os braços no alto. Entramos em supermercados, um verdadeiro roubo em nossos bolsos. Colégios particulares, um assalto com as mensalidades. Água, luz, bujão, estão a todo tempo nos furtando. Sem contar a saúde, essa está pela hora da morte. Cruzes! Dízimos, doações, meu Deus, até pra entrar em seu reino tá caro.
Eu rezo para a minha patroa não cobrar por morar comigo. Falando nisso! A pensão tá que tá. A vida parece que aprendeu a roubar, pois tudo que diz respeito a ela é um assalto. Quando ando pelas ruas, eu já fico preparado. Se alguém me dirige a palavra eu digo: - Já estou de mãos levantadas. Eu não sei o que vão querer de mim. De repente querem até meu sorriso. A propósito, ter dentes perfeitos tá difícil. Arrancá-los dói na boca e no bolso. Virou um Deus nos acuda!
Em época de eleição o roubo é maior. Querem furtar nosso direito de escolher, ou comprar a nossa decisão desvalorizando a nossa moeda chamada, voto. O que fazer? Aconselho todos a andarem de braços levantados, pois assim evitamos agressões maiores. Mas digo a todos: - Mesmo estando um roubo o preço do desodorante, comprem! Fedor de "cecê" é demais pra mim.