Evangelho do medo e da morte
Imaginem um jovem homossexual que esteja em crise com a sua homossexualidade, procura se libertar de várias formas, mas não consegue, clama inclusive a Deus, mas a sua homossexualidade fala mais alto do que Deus. Diante dessa crise, ele conversa com pessoas, chora, fica confuso e procura falar com uma pessoa evangélica sobre ele e seus sentimentos, pensando obter uma resposta que lhe deixe em paz. Porém, essa pessoa declara pra ele a insatisfação de Deus sobre os gays e deixa bem claro que só há uma solução pra ele: deixar de ser gay e virar homem. Mas ele não consegue, e a crise se intensifica, a culpa e a ira de deus cai sobre ele principalmente porque o jovem simplesmente não consegue se livrar da homossexualidade e se considera um ser perdido e condenado por Deus ao inferno. As orientações dadas a ele pela pessoa, lhe deixa profundamente triste e deprimido. Pensa até em tirar sua própria vida!
- Essa história é verídica! Mas felizmente a última parte não foi efetivada! Ele não tirou sua própria vida!
Esse jovem citado nos procurou, e com muito choro nos contou (A mim a minha esposa) sobre esse caso. Não lhe condenamos, lhe abraçamos e choramos com ele, afirmando que ele pode contar conosco e com mais um grupo de pessoas amigas. Ele recebeu o que precisava: Amor, a compreensão e cuidado. Lhe conduzimos até a sua casa mais aliviado e confiante de que a vida dele pode e deve continuar. Conseguimos pelo menos aliviar a culpa e o medo da condenação eterna induzida pela pessoa que lhe orientou e que ele estava carregando. Ele não precisava de culpa e medo do inferno, mas de amor e cuidado. Se ele tivesse tirado a sua própria vida, de quem seria a culpa?
Aos que conhecem gays, lésbicas ou mesmo meninos afeminadas ou meninas masculinizadas e querem curá-l@s! Cuidado com suas palavras e discursos! Elas podem ser fatais! Leiam mais e pesquisem sobre o assunto! Não se limitem apenas a leitura literal e cega da Bíblia!
Pensemos no depoimento de Mary Griffith sobre o seu filho que era homossexual e suicidou-se, não suportando a culpa e o medo da condenação eterna induzidas pela sua família e pela leitura cega e literal da Bíblia:
Ele queria ser escritor. Suas esperanças e seus sonhos não deveriam ser tomados dele, mas se foram. Há crianças como Bobby presentes nas suas reuniões. Sem que vocês saibam, elas estarão ouvindo enquanto vocês ecoam amém. E isso logo silenciará as preces delas. Suas preces para Deus por entendimento e aceitação e pelo amor de vocês. Mas o seu ódio e medo e ignorância da palavra gay silenciarão essas preces. Então... Antes de ecoar Amém na sua casa e no lugar de adoração, pensem. Pensem e lembrem-se. Uma criança está ouvindo. (Mary Griffith)
Israel P. Cardoso
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