É época De Desmascarar Falsas Promessas!
Por Marcos da Silva Araújo | 04/07/2006 | AdmEm setembro de 2005, motivado pela promoção de adesão, assinei uma famosa revista semanal. Optei pela cobrança via boleto bancário único, que quitei logo em seguida. Animado com o presente que receberia, um MP3 Player fiz até planos de usá-lo em uma palestra em São Paulo. Aquela pequena dádiva eletrônica que deveria ter chegado em minhas mãos após 60 dias, tornou-se motivo de amolação, desgaste e descrédito.
Após enviar vários e-mails para a Central de Atendimento ao Consumidor da editora responsável pela revista, sem conseguir resposta, fui obrigado a fazer uma ligação interurbana, com o objetivo de receber explicações para o atraso. Fui informado pela atendente do telemarketing da inexistência do equipamento para entrega. Aquilo me deixou indignado. A minha reação óbvia foi de ver na justiça, os meus direitos de consumidor respeitados. Como forma de amenizar a propaganda enganosa, a atendente me ofereceu três meses de assinatura da revista, como se isso fosse suficiente para resolver o problema, mas aí, como diz o antigo ditado: a vaca já havia ido para o brejo. A imagem que formulara sobre a empresa já havia sido irremediavelmente destruída.
Acredito que, com suas ações publicitárias a editora em questão, contraria a ética e os princípios da comunicação, o que por si só é inaceitável. Vale a pena citar o artigo 37 do Código de Defesa do Consumidor, que é muito claro: é enganosa qualquer tipo de publicidade que divulga informação total ou parcialmente falsa capaz de induzir o consumidor a erro de julgamento. Como eu, muitas pessoas têm seus direitos de consumidores desrespeitados. Imagino que muitos assinantes acabaram por vivenciar uma situação semelhante, quando adquiriram tal revista.
Para finalizar, volto a reforçar o poder de mobilização das pessoas, principalmente com a ajuda do poderoso instrumento das redes (de relacionamentos e da internet). Além de buscar nossos direitos na justiça, devemos alertar outras pessoas para não serem enganadas com tais ardis. Quando virarmos consumidores mais conscientes e unidos terá fim a Época da enganação.