Acendo a luz, mas a escuridão permanece. Esfrego os olhos, sinto nos ombros o macio de suas mãos, Me beija, pede e a súplica dispara para o vazio do silêncio. A partir de agora não há palavras, ditam os gestos. Vejo o branco de seus olhos, depois não vejo mais, a luz, eu preciso de luz, mas ela não a suporta. Persigo suas curvas, ora tenras, ora gelatinosas, ela sussurra qualquer coisa que escuridão não me deixa ouvir. Avanço. Metralha beijos no meu pescoço, encosta a cabeleira ruiva no meu peito. Eu gosto de sentir o cheiro acre do suor que lava seus cabelos. Pego-a de jeito, belisco as carnes, mordo, ela geme. Não respondo, também não cesso o ato. É flácida na cintura, as nádegas dois pudins, paro. Ela reclama, me incita. Embora eu entenda que a escuridão em mim é cortina de fogo, incendeio, vencido, sobre ela.
Acesse seu perfil de escritor para publicar artigos
Crie seu perfil de escritor para publicar artigos
Preencha corretamente os campos para criar seu perfil. Use um usuário e senha fácil de lembrar, como o seu e-mail. O envio do artigo será feito na próxima página.