ATRÁS DO TEMPO
Por Lúcio brito | 23/04/2010 | PoesiasDe onde o riso sai largo e manso.
Tenho o gosto da água no vento,
Tenho a palma da sombra em meu pranto.
A chuva cai sobre meu peito,
E eu olho as flores ainda vivas.
Meus passos não perderam o jeito
De andar por estradas antigas.
A primavera me virá mais clara
E a noite já me virá adormecida.
A noite passa sobre meus pensamentos,
O tempo não me descobre a alma,
Essa minh’alma tão conhecida.
E há quem me empreste o depois.
Não tenho mais a forma do esquecimento.
Nos seus gestos, finalmente, encontro nós dois